Segue, abaixo, os relatos sobre as experiências de leitura e escrita dos criadores deste Blog. Se você quiser participar deixe seu comentário.
"Minha história, não difere muito dos outros participantes desse fórum, fui alfabetizado pela cartilha Caminho Suave, em 1977 e me lembro dos dias em que minha mãe com pouco estudo tentava me ajudar a entender melhor as suas lições, engraçado o significado destes momentos, pois em outros eu ensinava a minha mãe e ela me apoiava e me encorajava a vencer os meus obstáculos na aprendizagem. Mas a vida nos prega peças e minha família passa por dificuldades (separação dos pais) e tive que morar na casa da minha tia e fiquei um bom tempo sem ter contato com livros também li alguns livros do Marcos Rey (na escola), mas não tive oportunidade de ler outros livros da Série Vaga Lume. Quando na adolescência fui morar novamente com a minha mãe estava fazendo curso SENAI e Etec em Mecânica, tive aula com alguns professores que me despertaram o desejo de ler livros voltados para a área técnica. Mas o gosto pela leitura surgiu novamente quando fiz o curso de Licenciatura em Matemática na Fundação Santo André em 1991-Manhã La tive aulas com uma professora de Português a Lana e a paixão pela leitura despertou novamente. Hoje tento ler o máximo possível e incentivo muito minha filha e os meus sobrinhos a lerem."
Claudio
"Me lembro como se fosse hoje, fui alfabetizada com a " cartilha " Caminho Suave, tinha muita dificuldade na Família da " lata " e com muita paciência e jeitinho minha primeira professora na rede estadual " Márcia " em ensino a caminhar na alfabetização, leitura e escrita.
Com o tempo, consegui acompanhar meu colegas de classe com os ditados feitos no decorrer do ano letivo e as leituras.
Hoje também trabalho com ( Oficinas em Escola de Tempo Integral ) em classes de 3º e 4 º Ano e sempre que possível proponho histórias, leituras, ditados e interpretações para os educandos é uma forma de lembrar de como as coisas foram aconteceram em minha vida escolar, meus primeiros passos e como me apaixonei pelo Magistério.
Leitura e escrita é fundamental e todo momento na vida de uma pessoa !!!!!"
"Meu pai sempre me incentivou ler, até hoje há inúmeros livros em casa. Também, utilizava a biblioteca da escola, para realizar pesquisas e para pegar livros emprestados. Os livros que mais gostei foram indicações dos meus colegas e dos meus familiares. Também, gostei de alguns livros recomendados pelos meus professores. Eu adorava ler revistas para adolescentes. E aos domingos, me divertia lendo as histórias em quadrinhos e os passatempos do “Diarinho” (suplemento do jornal “Diário do Grande ABC”). Li vários livros infantis e gibis.
Quanto à escrita, trocava correspondências com amigos que se mudaram para outra cidade e com aqueles que fizeram intercâmbio internacional. Além disso, escrevia no meu diário, elaborava e respondia enquetes e copiava versos no meu caderno de poesias, para escrever nos cadernos de recordações.
Essas experiências enriqueceram o meu aprendizado e despertaram o meu interesse por diversos tipos de leitura."
Nos depoimentos, identifico-me com as colocações de Chauí (...como leitores, descobrimos nossos próprios pensamentos e nossa própria fala...) e Danuza Leão (Adoro ler, e leio qualquer coisa que chegue às minhas mãos, de bula de remédio a dicionário, é uma mania...Que me desculpem os literatos, mas para mim ou um livro é bom ou não [...]) e Machado (...A oralidade esvanece, a escrita permanece). E também, os vídeos mostram a influência da família pelo gosto da leitura, escrita e aprendizagem.
Minha história é parecida com os demais colegas cursistas, mas com o enredo: “Passei parte da minha infância hospitalizado e as enfermeiras estimularam a leitura, com história em quadrinhos, aos cinco anos. Meu primeiro livro foi uma versão de “Cinderela”, em formato de livro infantil, do Walt Disney. Alfabetizado pela “Caminho Suave” em turmas terminais dos antigos cursos primário e ginasial, faço considerações sobre o Método Tradicional: A família é fundamental para o hábito de leitura, escrita e aprendizagem. Trago como experiências, o fato de minha querida mãe que sabia apenas “desenhar” o nome e meu querido pai, que foi formalmente alfabetizado aos 45 anos, como estimuladores a minha alfabetização. Mesmo sem formação escolar, não lhes faltaram o bom-senso e ternura para um futuro menos difícil aos filhos. Considero a leitura e escrita, uma conjunção de esforços entre a escola e a família, visto que durante a carreira como professor, a cada ano esbarro em questões que não classificam qual o melhor método de estimular o aluno mas, o histórico familiar (familiares que não têm o hábito de leitura e estudos), falta de perspectivas positivas na formação do aluno (Estudar pra que?) e a qualificação contínua do professor. Hoje, estou polarizado entre (in)formar alunos e (in)formar autores, através da minha outra atividade – agente literário e “publisher”.